As empresas de ônibus que integram o sistema Fetranspor estão operando com racionamento de combustível por causa da greve dos caminhoneiros. Segundo nota da Federação, a greve está afetando diretamente o abastecimento de óleo diesel das empresas de transporte público por ônibus em todo o Estado do Rio de Janeiro. O bloqueio montado em rodovias e terminais de distribuição de combustíveis impede a renovação dos estoques das empresas, que na maioria dos casos acontece diariamente.
Em Niterói, por exemplo, algumas empresas de ônibus recorreram aos postos de gasolina para abastecer os coletivos, numa operação para evitar prejuízo aos usuários. No posto Petrobras de Charitas (foto), formou-se uma longa fila de ônibus para abastecimento. Mas o diesel acabou na madrugada.
Segundo a Fetranspor, apesar dos esforços que estão sendo feitos para regularizar o abastecimento, há empresas que já estão com as operações limitadas, afetando os passageiros. O racionamento de combustível é uma medida adotada em caráter emergencial até a normalização da distribuição de óleo diesel, que depende do fim das manifestações. Se isso não ocorrer a curto prazo, há o risco de paralisação de todas as empresas.
A crescente oscilação do preço do óleo diesel é um fator que preocupa, também, o setor de transporte público. Nos últimos 15 meses, a variação do preço do combustível chegou próximo a 20%, o que vem pressionando os custos operacionais do setor de ônibus. A Fetranspor acredita na rápida solução do problema para que o passageiro não fique sem condução.