Uma simulação envolvendo vítimas de acidente de trânsito movimentou a praça central Orlando de Barros Pimentel nesta segunda-feira (14). Com atuação da equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) em cena, socorristas mostraram quais são os procedimentos prestados às vítimas de acidente. A ação fez parte do curso gratuito de Atendimento de Múltiplas Vítimas e Segurança Viária, por meio do programa Capacita Mais Samu. Além da simulação, o treinamento contou com um ciclo de palestras realizado na parte da manhã destinado aos profissionais da área de Saúde
fotos Elsson Campos
Para dar realidade à cena foram usados um ônibus da Empresa Pública de Transporte (EPT), conhecido como Vermelhinho, e um carro velho para encenar uma colisão frontal. Cerca de 15 pessoas que participaram da apresentação foram maquiadas para fingir escoriações pelo corpo no momento da batida. Um desses “atores” foi a técnica de enfermagem Maria Luiza, de 20 anos, que “morreu” no acidente e contou como foi passar por esta experiência.
“Na cena, eu fiquei pensando várias coisas como se fosse de verdade. É sempre bom estar aprendendo mais coisas. Só quem gosta mesmo sabe a emoção que é a profissão”, disse a jovem orgulhosa.
O evento teve início às 10h com a apresentação da secretária de Saúde, Simone Costa, que falou sobre a importância de abordar o tema proposto. “Nós trabalhamos essa parte toda de simulação porque é o cotidiano. É mostrar o que pode acontecer de certo e o que pode dar errado no momento do atendimento. Então, expusemos isso para que todo mundo possa ver e entender como é o trabalho desses profissionais”, explicou Simone Costa.
O Samu de Maricá conta com duas unidades móveis: uma avançada – equipada com 1 condutor socorrista, 1 enfermeiro e 1 médico – e outra denominada unidade móvel básica (que possui 1 condutor, 2 técnicos de enfermagens e 1 socorrista) que fazem cerca de 200 atendimentos mensais. O serviço possui ainda 1 motolância (moto que atua como ambulância para chegar mais rápido ao local de atendimento).
Prestando serviço ao Samu municipal há 7 anos, a socorrista Daniele Lima, de 36, comentou sobre a iniciativa da Prefeitura em abordar um tema tão importante e delicado de executar, principalmente quando há acidente envolvendo ônibus. “Quando é uma vítima só, nós já sabemos o que fazer. Agora, quando têm muitas vítimas é mais complicado. Porém, todos estamos nos qualificando a cada dia”, disse a profissional parabenizando o encontro que reuniu equipes da Samu de outras cidades que integram a Metropolitana II (Maricá, São Gonçalo, Itaboraí, Tanguá, Rio Bonito, Silva Jardim e Niterói).
A programação contou ainda com temas como convívio social; a importância do Batalhão da Polícia Rodoviária (BPRV) no auxílio da ocorrência do Samu em vias públicas; e análise de percepção de risco. Ao final do curso foram entregues 140 certificados aos participantes, além de sorteados prêmios como cafeteiras, panela de pressão, liquidificador e sanduicheira.