A cidade de Maricá, na Região Metropolitana II do Rio, acordou com o impacto da notícia de que a Polícia Federal prendeu na manhã desta quinta-feira (12), Marcelo Sereno, secretário de Desenvolvimento Econômico da administração do então prefeito Washington Quaquá, presidente regional do PT. Sereno foi preso em casa num condomínio de luxo na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, por decisão do juiz Marcelo Bretas, em desdobramento da Operação Lava Jato
Ex-prefeito Washington Quaquá e seu secretário de Desenvolvimento Econômico Marcelo Sereno
Ao todo, os agentes cumpriram 10 mandados de prisão no Rio, em São Paulo e em Brasília contra suspeitos de fraudar os fundos de pensão Postalis (dos Correios) e Serpros (Serpro – Serviço de Processamento de Dados do governo federal).
Segundo a investigação, os fundos mandavam dinheiro para empresas no exterior para pagar a prestação de serviços inexistentes. O dinheiro era espalhado por contas de doleiros e voltava ao Brasil para suposto pagamento de propina. O esquema funcionava através de dois doleiros do ex-governador Sérgio Cabral (MDB), que ajudavam a trazer dinheiro em espécie de volta ao país. De acordo com os investigadores, uma empresa teve movimentação suspeita de R$2,8 bilhões.
O ex-prefeito de Maricá, Washington Quaquá, falou sobre o seu ex-colaborador, que foi também um dos principais assessores de José Dirceu, que comandava a Casa Civil no governo do presidente Luiz Ignácio Lula da Silva.
“Marcelo Sereno foi um bom e eficiente secretário de desenvolvimento do município de Maricá em meu primeiro governo. Ocupou a pasta de Desenvolvimento de uma secretaria sem orçamento e com pequena estrutura e mesmo assim trabalhou intensamente e foi fundamental para a consolidação do projeto do Porto de Jaconé. Só tenho a agradecer e a elogiar sua conduta e seu trabalho que ajudou o desenvolvendo da nossa cidade”.
Essa é a primeira vez que a Lava Jato do Rio chega a fundos de pensão.