Com o fim da paralisação dos servidores da educação de Cabo Frio, decidida em assembleia anteontem, a reposição das aulas referentes ao ano letivo de 2017 já começaram, com os professores retornando às salas de aula ontem. A previsão para o início do letivo de 2018 é para o dia 19 deste mês, segunda-feira, mas o Sindicato dos Profissionais da Educação (Sepe Lagos) acha o prazo muito apertado
– O governo diz que dia 19 começam as aulas, mas eu acho muito difícil, porque tem escolas que ainda faltam muitas aulas para repor. Então essas escolas vão começar ao término de toda a reposição – disse diretora de imprensa do Sepe Lagos, Denise Teixeira. Além disso, Denise cita a falta de professores contratados como outro empecilho para o início do ano letivo de 2018. Segundo ela, a falta de profissionais desse tipo, que representam cerca de 60% do efetivo, impede o início tão cedo.
– Eu acho que, se começar, vai ser de forma extremamente precária – disse. Através de sua assessoria de imprensa, a Secretaria de Educação informa que está trabalhando com um calendário diferenciado na rede municipal de educação. Em comunicado oficial emitido na tarde de ontem, a secretaria explica que apenas as unidades escolares que já tiverem encerrado as atividades de 2017 de forma plena até o dia 17 deste mês iniciarão o ano letivo de 2018 na data supracitada.
Segundo a nota, o término do ano letivo de 2017 está condicionado ao cumprimento da carga horária mínima estabelecida pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). Além disso, apenas as escolas que já tiverem realizado os conselhos de classe poderão entrar no calendário de 2018.
Ainda de acordo com a secretaria, por enquanto apenas cerca de 50 escolas cumpriram todos esses requisitos e devem começar o ano letivo de 2018 nesta primeira data. As outras entrarão em outro “bloco”, que terá outra data, ainda não escolhida pela pasta, para iniciar as atividades deste ano.
Estado de greve permanece
Apesar do final da greve, o sindicato afirma que o estado de greve está mantido, ou seja, a categoria se mantém alerta e a qualquer momento pode voltar a decretar uma nova paralisação caso o governo não cumpra com o prometido. No dia 9 de abril, a categoria irá se reunir em nova assembleia para fazer uma avaliação do cenário até o momento em questão. Além disso, Denise explica que as reuniões no Ministério Público, em conjunto com a administração pública, irão continuar acontecendo, para que os outros pontos que a categoria ainda tem em pauta sejam discutidos.
– Queremos fazer esse debate sem greve – declarou a diretora de imprensa do Sepe, Denise Teixeira. (fonte Folha dos Lagos)
– Queremos fazer esse debate sem greve – declarou a diretora de imprensa do Sepe, Denise Teixeira. (fonte Folha dos Lagos)