A manhã deste domingo (25) foi marcada por protestos contra a violência no Rio de Janeiro e em Niterói. Moradores das duas cidades se manifestaram contra o aumento da criminalidade mesmo com o anúncio da decretação da intervenção federal na segurança do Estado
Manifestantes em Niterói usaram camisetas pretas
No Rio, manifestantes vestiram camisetas brancas com a mensagem "Planejamento também é segurança. Queremos Paz", se concentraram no Largo do Machado para caminhar até o Palácio Guanabara, sede do governo estadual.
“Nosso estado está falido. A gente tem que dar apoio até aos policiais civil e militar pra que eles possam trabalhar com dignidade. Está tendo muito assalto. Tem imagens de câmeras de uns caras assaltando com metralhadora. Eles [criminosos] descem mais arrumados, em carro bons. Não tem horário”, lamentou Bebel Costa, uma das organizadores do protesto na Zona Sul carioca.
Em Niterói, cerca de 300 pessoas participaram de uma caminhada contra a violência na Avenida Jornalista Alberto Francisco Torres, em Icaraí, na Zona Sul. Majoritariamente vestidos com camisas pretas, os manifestantes entoavam palavras de ordem pedindo o fim da violência na cidade.
“Estamos aqui para pedir que o Estado forneça mais segurança para a nossa Niterói, nossa querida cidade. O povo não aguenta mais tanta insegurança, tanta violência. Nós convocamos todos os moradores dos prédios da orla da praia para participarem do nosso protesto aqui na rua, já que a segurança que pedimos é para todos”, disse a médica Dayse Almeida, de 44 anos, que foi de Charitas participar do ato.
Agentes da Guarda Municipal e duas viaturas do 12° Batalhão da Polícia Militar (BPM Niterói) acompanharam o protesto, que se estendeu da Praça Getúlio Vargas até a Rua Osvaldo Cruz. O Coronel Márcio Rocha, comandante do Batalhão, esteve presente no ato e elogiou a iniciativa.
“É importante que a população vá para as ruas e manifeste a sua insegurança, ainda mais em um momento de intervenção federal na área da segurança pública. É uma ato pacífico e legítimo sobre uma questão primordial, então estamos aqui para dar apoio aos manifestantes”, disse.