O governador Luiz Fernando Pezão (MDB) mais uma vez deu declarações dignas de pena à imprensa. Com sorriso irônico entre os dentes (como de hábito), teve a cara de pau de dizer que o Rio de Janeiro não é a cidade mais violenta do país e que a imprensa está inventando muitas coisas. Parece que não ouve rádio, não lê jornais e muito menos televisão, ou então, não quer admitir publicamente a sua incompetência administrativa
Em primeiro lugar, ninguém disse que o Rio é a cidade mais violenta, mas vive em clima de guerra, com tiroteios diários entre policiais e bandidos e bandidos entre bandidos em disputa de território. Quantas pessoas estão morrendo diariamente? Quantas pessoas estão sem poder sair de casa? Quantas pessoas são vítimas das chamadas “balas perdidas”? Quantos estudantes estão perdendo aulas nas escolas próximas as comunidades como Rocinha, Cidade de Deus e Vidigal?
Turistas estão fugindo do Rio como o diabo foge da cruz. O carnaval está chegando e as imagens da violência no Rio estão chegando em todos os continentes e as consequências são imediatas: famílias estão cancelando viagens e reservas em hotéis e pousadas.
É claro que o governador não vai dizer que o plano de segurança pública está falido desde o governo de Sérgio Cabral, quando ele era vice e tinha participação nas ações a serem adotadas. Insistiu nas tais UPPs que desde o início mostravam que seriam um fracasso, já que ações sociais efetivas não foram implantadas nas comunidades. Apenas o Dona Marta, em Botafogo, sobreviveu por mais tempo. Mas a paz acabou!
Realmente a imprensa está inventando muito. Vamos aguardar as manchetes dos jornais desse domingo. Certamente sentado num dos muitos sofás do Palácio Laranjeiras, residência oficial do governador, cercado de seguranças por todos os lados, Pezão estará sorrindo ironicamente com as notícias.
Não me perguntem o que de efetivo a segurança pública está fazendo para acabar com esse domínio da marginalidade não só no Rio, mas em todo o estado. Sei apenas que essa bandidagem está muito mais aparelhada que os nossos policiais. Ou será que o nosso governador não concorda? 31 de dezembro ainda está muito longe para que cariocas e fluminenses deem um tchau para esse incompetente que está ficando sozinho, porque seus companheiros de partido, de governo, estão presos e alguns condenados por corrupção, formação de quadrilha, como Sergio Cabral e Eduardo Cunha. Outros como Jorge Picciani, Sergio Cortes, Edson Albertassi, Wilson Carlos, Paulo Mello e Hudson Braga aguardam julgamento atrás das grades.