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Garotinho deixa o PR e reúne parças no Club Municipal

O ex-governador Anthony Garotinho deixa o PR e falará hoje às 14 horas, qual o rumo político tomará. Será durante uma reunião no Club Municipal, na Tijuca, Zona Norte do Rio, com representes dos diretórios municipais, vereadores, presidentes de movimentos sociais e militantes

Garotinho recebeu uma carta da Comissão Executiva Nacional do PR dissolvendo a Comissão Executiva regional provisória do partido no estado do Rio. Segundo o ex-governador, as alegações não tem nada a ver com a realidade.


“Afirmam que a propaganda partidária nacional através de inserções, que foi transferida para o estado acabou gerando perda de dois minutos e meio do tempo que seria destinado ao partido a nível nacional. Isso já foi desmentido por mim desde o ano passado quando ficou consignado no acórdão do TSE que o partido perdeu o tempo de televisão por não destinar, a nível nacional, o tempo obrigatório para as mulheres. O segundo motivo alegado pela direção nacional, leia-se Valdemar da Costa Neto, é que nas eleições de 2014 o PR elegeu seis deputados federais, segunda maior bancada do estado, e muitos saíram e que foram eleitos oito deputados estaduais, restando apenas dois "que tem sido ameaçados de forma pública pelo presidente do PR, Anthony Garotinho, de serem expulsos do partido." É verdade. Expulsos porque se renderam à pressão de Sérgio Cabral, Picciani e à quadrilha do PMDB. Em 2014 o PR elegeu a segunda maior bancada de deputados federais, só ficando atrás do PMDB, que detinha a máquina estadual, da Prefeitura do Rio e a maioria das prefeituras. E mesmo assim, nossa coligação com o PROS elegeu oito deputados federais, seis do PR e dois do PROS. A maior bancada proporcional do partido no país, já que São Paulo e Minas também elegeram seis. Só que São Paulo tem 70 cadeiras de deputados federais e o Rio, apenas 46. Em Minas, o número de vagas para deputado federal é bem maior que o Rio”. Anthony Garotinho diz ainda.

“Agora, vamos à verdade. Minha ida para o PR foi em decorrência da compra dos partidos políticos pelo PMDB do Rio de Janeiro. Chegou a um momento que, no governo do estado, Cabral tinha o apoio de 13 partidos. Somados aos que apoiavam Eduardo Paes na prefeitura, esse número subia para 21. Me deixaram sem opção. Outro fator que vinha causando intenso desgaste foi a opção do partido em fechar questão em temas que historicamente são inegociáveis para mim, especialmente a Reforma Trabalhista que rasgou a CLT de Getúlio Vargas, o desmonte do estado brasileiro através da limitação do teto de gastos públicos mas mantendo livre o gasto para pagamento aos bancos, a famigerada Reforma da Previdência que serve unicamente para prejudicar os trabalhadores brasileiros. Já esperava por isso. A última vez que estive no PR, em Brasília, foi extremamente constrangedora. Na saída, me deparei com um prefeito eleito com o meu apoio levando a tiracolo Índio da Costa para obter o apoio do PR. Aproveitaram um momento circunstancial, onde estou enfrentando a maior quadrilha da história do Rio de Janeiro, para me jogar ao vento. Não me conhecem. A fraqueza nunca foi uma das minhas marcas nem a traição, a falta de palavra. E, por isso, na última eleição, apesar de solitário e traído, obtive mais de 1 milhão e 600 mil votos e até hoje, passados quase oito anos, nenhum político conseguiu atingir a minha votação à Câmara Federal em 2010, quase 700 mil votos. Deixo o PR aliviado já que o partido hoje é uma sucursal do governo Michel Temer, que está entregando o Brasil, perseguindo aposentados, comprando deputados para aprovar reformas políticas, gastando bilhões para não ser investigado sobre as malas de Geddel Vieira Lima, as mutretas de Cunha, as maracutaias de Rodrigo Rocha Loures.


Portanto, quero comunicar aos meus companheiros que a reunião de quinta-feira, que seria do PR, às 14 horas, no Clube Municipal, na Rua Haddock Lobo, nº 359, na Tijuca, está mantida. Porém, com uma outra finalidade, discutir para onde o nosso grupo político vai caminhar nas próximas eleições”, concluiu Garotinho que foi condenado a quase 10 anos de prisão por crime eleitoral e aguarda em liberdade o julgamento do recurso.



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