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Maricá: cultura africana é tema de palestras no primeiro dia da FLIM

Os escritores e contadores de histórias Nana Martins e Rogério Andrade Barbosa palestraram nesta segunda-feira (30), sobre a cultura africana e a importância de se evitar os estereótipos para se compreender a diversidade do continente africano. O evento foi realizado no primeiro dia da FLIM, “Festa Literária de Maricá”, realizada na Praça Orlando de Barros Pimentel, no Centro, e que permanece na cidade ate o dia 07/11

Fotos: Elsson Campos

Os escritores e contadores de histórias Nana Martins e Rogério Andrade Barbosa palestraram nesta segunda-feira (30), sobre a cultura africana e a importância de se evitar os estereótipos para se compreender a diversidade do continente africano. O evento foi realizado no primeiro dia da FLIM, “Festa Literária de Maricá”, realizada na Praça Orlando de Barros Pimentel, no Centro, e que permanece na cidade ate o dia 07/11.


Para Rogério Andrade Barbosa, autor de mais de 100 livros infantis e juvenis e o primeiro a palestrar a África faz parte do Brasil e por isso é preciso estudá-la dentro da sala de aula.

“Minha fala na FLIM baseia-se principalmente na minha experiência como professor que fui durante dois anos na África”, afirmou Rogério. “A África está dentro de nós, a África faz parte do Brasil, e por isso ela tem que ser estudada em sala de aula, mas evitando os estereótipos. A palavra chave pra se entender o continente africano é diversidade”, explicou o escritor.


Já a pedagoga e escritora, Nana Martins, que utiliza a sua obra “Iyá Agbá, a Mãe-Ventre” para trabalhar a cultura africana, falou como as culturas originárias do nosso país possuem semelhanças.


“Aqui na FLIM eu trouxe o meu livro Iyá Agbá, a Mãe-Ventre para me ajudar no trabalho com a cultura africana”, afirmou Nana. “A diversidade cultural da África, assim com a brasileira são enormes, então eu busco formas de divulgar essas duas culturas e transformar essas culturas em conhecimento”, explicou.


“Precisamos nos identificar como povo e a nossa memória é a união da matriz indígena, da matriz africana e também da matriz europeia. Porém, como a cultura europeia é a dominante e isso nos sufoca a gente tem dificuldades de olhar e enxergar essas duas outras matrizes tão presentes no nosso dia a dia”, completou. “A minha intenção como autora, pedagoga e formadora de opinião é desmistificar, divulgar cultura, conhecimento, para nós nos entendermos melhor enquanto povo”, concluiu.


A estudante Ana Beatriz, de14 anos, aluna do CEM Joana Benedicta Rangel, aprovou as palestras. “Eu acho muito interessante, nunca participei de uma palestra desse tipo aqui em Maricá e os palestrantes conseguiram em pouco tempo passar muita informação pra gente”, afirmou. “E, principalmente desmistificou alguns mitos da cultura africana”, frisou a estudante.


A professora Thaise Cordeiro, moradora do Jardim Interlagos, gostou do resgate a cultura discutido pelos palestrantes. “Eu achei muito interessante essa temática dos contos africanos que trazem para nós um sentimento enquanto afrodescendentes que nós somos”, afirmou. “É sempre muito importante resgatar para nós adultos e também para as nossas crianças a nossa cultura e a nossa historia”, acrescentou Thaise.


Dilcemeres da Costa, Coordenadora de Educação Infantil, contou que a FLIM é um sonho sendo realizado. “Essa terceira edição, totalmente diferente, com uma estrutura maravilhosa, palestras excelentes está incrível!”, afirmou. “Gostei muito dos palestrantes e me identifiquei com a abordagem a respeito da minha raça. Africanidade é bom demais”, completou. “Que a população venha e curta muito isso aqui, pois se já no primeiro dia está sendo maravilhoso, imagine o que ainda vem por ai”, frisou a coordenadora.

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