Policiais federais e MPF também prenderam o ex-diretor do
Comitê Rio 2016 e braço-direito de Nuzman, Leonardo Gryner
Presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e do Comitê Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman foi preso, na manhã desta quinta-feira (05/10), pela Operação 'Unfair Play - Segundo Tempo', um desdobramento da Lava Jato. A Polícia Federal e o Ministério Público Federal (MPF) também prenderam o ex-diretor de operações do comitê, Leonardo Gryner.
Os policiais chegaram na casa de Nuzman, no Leblon, e de seu braço-direito, em Laranjeiras, bairros da Zona Sul, por volta das 6h. Eles foram levados para a sede da Polícia Federal, na Zona Portuária do Rio.
O presidente do COB é suspeito de intermediar a compra de votos entre o governo estadual, na época do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), e integrantes do Comitê Olímpico Internacional (COI) para a escolha do Rio como cidade-sede dos Jogos Olímpicos. Ele está à frente do COB há 22 anos.
O pedido de prisão temporária foi decretado pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal. De acordo com o MPF, houve uma tentativa de ocultação de bens no mês passado depois que a polícia cumpriu um mandado de busca na casa de Nuzman pela primeira etapa da operação 'Unfair Play'. O presidente do COB e Gryner serão indiciados por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. (foto reprodução tv)
Segundo as investigações, o dinheiro da compra de votos teria vindo do empresário Arthur Soares de Menezes Filho, conhecido como Rei Arthur. Ele também teve o mandado de prisão decretado, mas continua foragido.
As investigações mostram ainda que Gryner se encontrou com o filho do presidente da Federação de Atletismo, que também é suspeito de receber propina para votar no Rio como cidade-sede. O ex-diretor do COB foi diretor de Comunicação e Marketing durante a candidatura do Rio nos Jogos.