Projeto de Lei dispõe a necessidade de cardápio especial
para atender demanda dessa parcela de estudantes
Sede da Câmara de Vereadores da Cidade Imperial
Foi aprovado em sessão ordinária da Câmara Municipal de Petrópolis, por unanimidade e em primeira discussão, o Projeto de Lei 5.323/17 de autoria do presidente da Casa, vereador Paulo Igor (PMDB), que propõe o fornecimento de merenda diferenciada para alunos diabéticos, hipoglicêmicos, hipertensos, celíacos e com intolerância a lactose. Essa medida garante que os estudantes portadores de alguma restrição alimentar tenham o cardápio diário elaborado com base em recomendações de médicos e nutricionistas, preservando assim a saúde das crianças. O PL prevê ainda que os responsáveis, no ato da matricula, devem apresentar um atestado ou laudo médico que comprovem as condições do aluno.
“Tenho certeza que essa ação se faz necessária para que haja um maior cuidado e controle com a alimentação desses alunos. O que tenho acompanhado, ao longo dos últimos anos, é o aumento de casos de crianças com diabetes, hipertensão e outras doenças, derivadas de uma alimentação errada. Os casos de obesidade infantil também se multiplicaram de forma alarmante e esse fator desencadeia quase todas as doenças que cito nessa proposta. Vale ressaltar ainda que os jovens que apresentam esse quadro permanecem com excesso de peso quando adultos”, frisa Paulo Igor (foto divulgação).
As crianças portadoras de doença celíaca não podem ingerir alimentos com glúten na sua composição. Produtos como a farinha de trigo, cevada e centeio não podem ser oferecidos para esses alunos. O pão preparado com trigo pode ser substituído por pão de milho ou por outro preparo com farinha de arroz ou fécula de batata.
Alunos com diabetes tipo 1, a mais comum entre crianças e jovens em fase escolar, devem ter atenção especial na hora da ingestão de carboidratos, para que o mesmo seja compatível com a dose de insulina. O cardápio precisa estar adequado com o quantitativo de gordura e açúcares. Estudantes com quadro de hipertensão devem obedecer ao limite de consumo de sódio, excluindo totalmente os alimentos processados do cardápio e reduzindo o sal nas preparações.
O vereador Paulo Igor salienta que esses são apenas exemplos de que certos componentes devem ser substituídos para que se aproximem ao máximo do cardápio oferecido aos alunos que não possuem restrições, sem nenhum tipo de exclusão ou diferenciação na hora das refeições.
“Minha intenção e garantir a saúde dos alunos portadores de restrição alimentar. Temos assistido um grande esforço do prefeito Bernardo Rossi em melhorar cada vez mais a alimentação dos estudantes da rede e acredito que esse projeto vai de encontro com essa preocupação. Essa demanda não trará nenhuma despesa ao governo municipal. Todos os profissionais indicados para atender esse tipo de caso estão inseridos na rede. Lembro que já foram investidos nesse ano, mais de R$ 10 milhões em merenda, com a compra de 173 mil quilos de verduras, legumes e frutas de produtores da agricultura familiar”, destaca Paulo Igor.