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Justiça quer saber se Pezão recebeu dinheiro da Odebrecht para campanha eleitoral

Vice-governador de dois mandatos do governador Sergio Cabral PMDB), de quem foi homem forte no Palácio Guanabara, Luiz Fernando Pezão (PMDB) que está às voltas com o Estado do Rio de Janeiro quebrado financeiramente graças a sua má gestão, tem agora mais uma preocupação: mostrar que nesses quase 10 anos de poder não se meteu em corrupção. Já estão presos acusados de corrupção, formação de quadrilha e outros crimes, seus ex-companheiros de governo, Wilson Carlos, Sergio Cortes, Hudson Braga, além de Cabral que num processo foi condenado a ver o sol quadrado por quase 10 anos

O ministro Luis Felipe Salomão, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), autorizou a abertura de inquérito para investigar a relação do governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (foto Abril), com a construtora Odebrecht.


A instauração do inquérito no STJ foi pedida pelo Ministério Público Federal (MPF) após os depoimentos dos executivos da construtora no âmbito do acordo de delação premiada homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).


Com base nos indícios reunidos a partir da delação premiada e em outras investigações, o MPF afirma que Pezão teria recebido valores indevidamente para utilizar na campanha eleitoral de 2014, o que poderia configurar o crime de corrupção passiva.


Em sua decisão, Luis Felipe Salomão destacou que o relato apresentado pelo MPF aponta, em tese, “a existência de fundamentos suficientes para a prática de conduta típica”, sendo necessária a investigação do caso.


O ministro pediu documentos do Tribunal Superior Eleitoral referentes à prestação de contas da campanha do governador em 2014, além de solicitar às varas federais responsáveis pela Operação Lava Jato no Rio de Janeiro e em Curitiba o compartilhamento de dados e documentos.


Salomão citou precedentes do STJ que autorizam a instauração de inquérito com base em elementos indiciários mínimos, capazes de justificar a investigação para apurar a materialidade e autoria de eventuais crimes.


Para preservar a integridade da investigação, o ministro determinou que o inquérito seja mantido em segredo de Justiça, autorizando apenas a publicidade desta decisão.

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