O juiz Felipe Carvalho Gonçalves da Silva, da Vara Criminal da Comarca de Magé, aceitou a denúncia contra 24 funcionários, ex-funcionários e despachantes acusados de fraude nos serviços de vistoria do posto do Detran de Magé. O magistrado também decretou a prisão preventiva dos ex-secretários municipal de Habitação e Urbanismo André Vinícius Gomes da Silva, de Governo, Paulo César Batista Vaz e do ex-chefe do posto do Detran, Alexandre Bento Rangel Pinto
Foto reprodução TV Globo

De acordo com os autos do processo, os ex-secretários indicavam servidores de sua confiança para trabalharem no posto de vistoria, com objetivo de obterem lucro com a prática de ilegalidades, como fraudes na certificaçação e documentação de veículos.
Além de André Vinícius, Paulo César Vaz e Alexandre Bento, são réus: Cátia Fontoura, Roberto Carneiro, Camila Cezário, Natália Piedade, Bruno Rosa, Silvana Nascimento, Giovana Veiga, Deivison Thomé, Orlando Custódio, Maycon Hiroshi, Gabriel Batista, Brunno Vidal, Leonardo Fernandes, Jerry Madalena, Nilo de Souza, Iuri Fontoura, Ricardo de Castro, Érika Abreu, Flávia Perpétua, Jorge Leite, Marcelo Flávio de Paula.
“O propinoduto do Detran, de acordo com os indícios, foi engendrado e era utilizado para enriquecimento dos mencionados denunciados, os quais tem notória influência política junto à Prefeitura Municipal de Magé, Governo do Estado do Rio de Janeiro e Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, entes públicos por meio dos quais os acusados intermediavam as nomeações para o Posto do Detran de Magé e cooptavam funcionários para a autarqueia, a fimde manterem a máquina de improbidade funcionando”, assinala o magistrado em sua decisão.
As investigações começaram após denúncia da Corregedoria do Detran, que repassou as informações à Polícia Civil. As buscas na manhã desta quinta-feira (31/8) ocorreram na prefeitura e no posto do Detran do município de Magé. De acordo com o MP, os acusados foram denunciados por organização criminosa, corrupção ativa e passiva e inserção de dados falsos em sistema público informatizado. Os crimes teriam sido praticados entre abril de 2013 e outubro de 2014.
