Fotos exclusivas GBNEWS

Além de acreditar nas propostas da diretoria do GRES Inocentes de Maricá, ao aceitar no mês passado o convite do presidente Alexandre Oliveira para dirigir a Comunicação, senti que algo de muito bom estaria por vir, mas não tão rápido como foi: reencontrar o velho amigo Dominguinhos do Estácio após 30 e poucos anos. Estranho isso né, porque vivemos no mesmo quadrado, o Estado do Rio de Janeiro, e nossas profissões têm tudo em comum, jornalismo e mundo artístico.
Ontem (12/8) nos esbarramos na feijoada da escola de samba, com Dominguinhos sendo a grande atração. Claro que o reconheci, afinal é uma das grandes estrelas do nosso samba e é presença constante na mídia. E ele, como iria reagir a este encontro que mais parecia àqueles quadros cafonas e apelativos de alguns programas televisivos? Saiu do carro e foi logo dizendo: “te conheço, não sei de onde, mas te conheço”.

Quando disse quem era, imediatamente exclamou “porra é você Gilson! Após um forte abraço começamos a relembrar o início de nossas carreiras. Dominguinhos (sem sobrenome) descendo o São Carlos em direção a um boteco na Rua Maia Lacerda perto da Rua Haddock Lobo, no Estácio. Eu, considerado o casanova do colunismo social, saindo da redação de um jornal carioca, indo para o mesmo local onde se encontravam, quase que diariamente, algumas das maiores feras da crônica social da época: Roy Sugar, Nelson Jorge, Walter Rizzo, Barão de Siqueira Júnior, o empresário da noite José Domingues Sanches e Mister Eco, um dos mais respeitáveis jornalistas que integravam a bancada do programa de Flávio Cavalcanti, líder em audiência da extinta TV Tupi.
Nesses encontros no boteco, discutíamos o desencontro de público nas apresentações de Dominguinhos nas casas noturnas e clubes. A divulgação era falha e anunciava apenas Dominguinhos é atração no dia tal. Pronto, que Dominguinhos era esse, o do samba ou do acordeon? Ficava a dúvida. Conversa vai, conversa vem e Roy Sugar teve um estalo: “temos o Marinho da Muda, o Nadinho da Ilha, o Martinho da Vila porque não Dominguinhos do Estácio. Todo mundo concordou e claro, o principal interessado também. A partir daí, a mídia começou a dar destaque para Dominguinhos do Estácio que já se firmava como um dos maiores intérpretes das escolas de samba do Brasil. Anos depois, eu deixava a crônica social e partia para o jornalismo sobre economia e política e mais tarde me dedicava a assessoria de comunicação social. Agora integrado ao mundo do samba e com o portal GBNEWS a convivência está sendo retomada.

Antes e depois da sua apresentação no espaço Maria do Céu, em Maricá, Dominguinhos do Estácio fez questão de ficar na mesa do GBNEWS sendo recebido pela diretora executiva do Portal, Rosana Machado. Matamos saudades daquela época que podíamos sair a noite, circular de madrugada sem o perigo de ser vítima de uma violência. Foi muito bom ter reencontrado o amigo e brevemente estaremos novamente juntos, porque ele tem algumas apresentações agendadas para Niterói e o nosso portal dará ampla cobertura.
Ah, ia esquecendo, embora o início da noitada começasse num boteco no Estácio, Dominguinhos era o único que não bebia nada contendo álcool e muito menos fumava. Daí continuar com aquele vozeirão que lhe deu dois Estandartes de Ouro do jornal O Globo, além de um outro como autor de samba enredo.
Gilson Barcellos
