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A sessão ordinária desta quarta-feira (09/8) na Câmara Municipal de Maricá foi marcada pelo debate envolvendo o vereador de oposição Felipe Poubel (DEM) e o líder do governo de Fabiano Horta (PT), Fabrício Bittencourt (PTB). O assunto em questão foi a prisão do empresário Fernando Trabach Gomes, dono da empresa Kattak que presta serviço de coleta de lixo em Maricá, acusado de sonegação, organização criminosa, lavagem de dinheiro e chefiar uma quadrilha que fraudava licitações em Campos dos Goytacazes usando laranjas e empresas fantasmas.
Prisões e compra de caminhões

O democrata Felipe Poubel (foto) pediu para a prefeitura de Maricá rescindir o contrato com a empresa Kattak de Fernando Trabach, que faturou nos últimos quatro anos cerca de R$ 168 milhões. Poubel também questionou a compra recente de novos caminhões de coleta de lixo para Maricá, colocando em dúvida se os veículos foram adquiridos pela Secretaria Municipal de Conservação ou pela Kattak.
Felipe Poubel disse ainda que a mulher do empresário preso, Mônica Lima Barbosa, é dona da empresa Líbano, que tem contrato com a prefeitura de Maricá para a locação de carros num montante empenhado de R$ 6 milhões. O casal foi preso no Aeroporto Internacional Tom Jobim, na Ilha do Governador, Zona Norte do Rio, quando se preparava para fugir para Manaus, no Amazonas.
O líder do governo Fabrício Bittencourt mostrando que estava inteirado do assunto, não deixou o oposicionista Poubel sem resposta.

“Toda relação com as empresas é governamental e não há qualquer relação pessoal entre integrantes do governo municipal e proprietários de prestadoras de serviços para a prefeitura. No caso em questão, a empresa que faz a coleta de lixo na cidade cumpriu todas as exigências para participar do processo licitatório. A prisão de Fernando Trabach não tem nenhuma relação com Maricá, mas com a prefeitura de Campos dos Goytacazes que tinha como prefeita a ex-governadora Rosinha Garotinho (PR)”.
Fabrício Bittencourt (foto) informou que Maricá paga uma das menores taxas de tonelagem de lixo no Estado do Rio de Janeiro, que todas as licitações feitas na área de coleta de lixo são feitas com base na tabela da Empresa de Obras Públicas do Estado (EMOP) e que os caminhões foram adquiridos pela empresa prestadora de serviços.
“Quem cometeu crimes em outras prefeituras devem ser realmente presos, essa é a mensagem de Fabiano Horta que abre as portas da prefeitura de Maricá para que esse contrato seja investigado, porque não temos nada a temer”, concluiu o líder do governo na Câmara de Maricá.
