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Prefeito dá sinal verde e novo autódromo do Estado pode ser construído em Maricá


Município será sede da primeira corrida de motovelocidade em circuito de rua do Brasil

Com capacidade para receber um público de 40 mil pessoas, o novo autódromo do Estado do Rio de Janeiro pode ser construído em Maricá, cidade do litoral fluminense distante apenas 60 km da capital. O anúncio foi feito ontem após teste com dois pilotos na Avenida Gilberto Carvalho, um dos acessos à região de Itaipuaçu que poderá receber em setembro, a primeira corrida de motovelocidade em circuito de rua do Brasil.


Segundo o presidente da Super Liga de Motociclismo do Estado do Rio de Janeiro (Sulmerj), Carlos Magno Morais, o circuito de motovelocidade pode levar para Maricá uma nova pista de corridas, que o Estado perdeu desde a extinção do autódromo de Jacarepaguá, Zona Oeste carioca, para a construção do Parque Olímpico dos Jogos Rio 2016.


“Uma verba no valor de R$ 480 milhões do Ministério do Esporte está destinada para este empreendimento que não foi realizado. A partir da corrida de motovelocidade, a ideia do grupo, que vai coordenar este evento em setembro, é direcionar a verba para que o novo autódromo seja erguido na cidade”, destacou o presidente da Sulmerj.

“Isso já devia estar acontecendo, já está tarde. Foi preciso uma iniciativa do prefeito Fabiano Horta (PT) de manifestar o interesse e, assim, reavivar essa ideia. Vamos todos trabalhar nesse sentido”, afirmou Carlos Magno. Ézio Tavares reforça: “Já existe um consenso no setor de motociclismo e agora queremos angariar o apoio de outras entidades. A tendência é que consigamos isso”, avaliou.

Nos testes realizados na tarde de ontem na Avenida Gilberto Carvalho, os dois pilotos aprovaram as condições gerais das pistas e apontaram pequenos reajustes a serem feitos nos 1.780 metros de extensão.

As duas pistas da avenida foram fechadas por volta das 15 horas para que os pilotos Felipe Chaves e André di Gallo pudessem dar voltas no circuito estabelecido, que vai da altura do quilômetro 13 da rodovia RJ-106 até a rotatória no início da Avenida Carlos Marighella. No final, ambos afirmaram que o circuito pode render uma excelente prova. “Tem pouca coisa para acertar, mas no geral o espaço é muito bom. Vai render uma ‘brincadeira’ boa aqui”, garantiu Felipe, cuja categoria é a de 600 cilindradas. André, que corre de ‘super bike’ (de 1 mil cilindradas, principal categoria da modalidade), era só elogios. “Bom demais, dá para acelerar bastante”, observou.


Além dessas duas, outras três categorias deverão participar do evento como 250, 300 e 500 cilindradas, com cerca de 100 pilotos aproximadamente. “É daí para mais! Já tem muitos nos procurando e querendo participar, isso sem anunciarmos ainda”, frisou o presidente da Sulmerj, Carlos Magno Morais. De acordo com o produtor Ézio Tavares, a expectativa de público nas arquibancadas a serem montadas é de 40 mil pessoas. “Como teremos ainda eventos paralelos como shows e recreação, podemos esperar mais gente ainda nos dias de evento”, projetou. (fotos divulgação)

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