O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis no Rio de Janeiro, Alfredo Lopes, diz que será um desastre caso as escolas de samba não desfilem no carnaval de 2018, devido ao corte de 50% das subvenções anunciado pelo prefeito do Rio Marcelo Crivella (PRB).
Alfredo Lopes diz que a rede hoteleira não trabalha com essa hipótese que, para ele, será um desastre completo. Para o empresário, o carnaval deveria ser um evento autossustentável com apoio do setor privado, nos mesmos moldes do Rock in Rio.
“Tivemos uma reunião com os dirigentes da Riotur na semana passada e ouvimos os argumentos do município. Na quarta-feira, estaremos com dirigentes da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) para ouvir o outro lado da questão. Nosso objetivo é intermediar as discussões. Se ninguém ceder, todos sairão perdendo”, disse Lopes (foto).
O presidente da ABIH-RJ criticou a decisão do prefeito Marcelo Crivella de criar um gabinete para autorizar ou vetar eventos em áreas públicas do Rio. Lopes destaca que o país atravessa uma crise e que o Rio mais precisa, agora, é de eventos.
“Em maio, tivemos apenas 38% de ocupação na rede hoteleira do Rio de Janeiro, quase 15% a menos que no mesmo período do ano passado”, frisou Alfredo Lopes que nesse momento está preocupado em garantir o desfile das escolas de samba no carnaval do ano que vem.