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Líder do governo garante que Lava Jato não chegou a Maricá


Fabrício Bittencourt desmente Felippe Poubel foto Adriana Reis


O líder do governo na Câmara Municipal Fabrício Bittencourt (PTB) desmentiu ontem, na sessão ordinária, o pronunciamento do oposicionista Felippe Poubel (DEM) de que a Operação Lava Jato teria chegado a Maricá. O democrata também foi questionado pelo vereador governista Rony Peterson (PR) que ficou sem resposta convincente.


Felippe Poubel surpreendeu a todos ao afirmar que com a prisão do empresário Marco Antônio de Luca, pela Polícia Federal na Operação “Ratatouille”, no último dia 1º, a Lava Jato chegou à cidade.


“A empresa Milano tem contrato com a prefeitura desde 2009 para o fornecimento de merenda escolar. Já foram gastos cerca de R$ 33 milhões e o contrato deste ano é de R$ 4.800 milhões. Pedi ao gabinete do prefeito informações sobre esses contratos e não obtive resposta. Enviei cópias para o Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) e para a Polícia Federal (PF)”, afirmou Poubel.


O vereador Rony Peterson (PR) perguntou se havia alguma relação da prisão de Marco Antônio com a prefeitura de Maricá e não obteve resposta satisfatória. A pergunta foi repetida mais duas vezes. O outro oposicionista Ricardinho Netuno (PEN), partiu em socorro ao colega Poubel afirmando que o papel do vereador é cobrar e fiscalizar as ações do Executivo.


Em seguida o líder do governo Fabrício Bittencourt, garantiu que a Lava Jato não chegou a Maricá, que o preso não integra a empresa fornecedora de merenda escolar desde 2015, que todos os contratos são legais e aprovados pelo TCE-RJ e que as informações de Poubel são deturpadas.


Prisão


Polícia Federal cumpre mandado de prisão contra Marco Antonio

Agentes da Polícia Federal prenderam no Rio, o empresário Marco Antônio de Luca, ligado às empresas de alimentos Masan e Milano, que pertencem ao mesmo grupo familiar e estão entre as principais fornecedoras de alimentos e merenda para o estado do Rio de Janeiro. Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão em diversos endereços do Rio. A operação foi batizada de “Ratatouille” e é mais um desdobramento da operação Lava Jato no estado.


A Masan tem vários contratos de fornecimento de comida com o estado. Juntas, as empresas Masan e Milano receberam cerca de R$ 7 bilhões do estado do RJ entre os 2011 e 2017. Segundo o portal da Transparência do Estado do Rio de Janeiro, a Masan teria recebido o total de R$ 5.425.992.909,81 e a Milano, um total de R$ 1.604.929.918,20.


Segundo as investigações, Marco de Luca pagou pelo menos R$ 12,5 milhões em propina para a organização criminosa liderada pelo ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) para ganhar esses contratos. São investigados contratos de alimentação hospitalar, escolar e de presídios. Marco Antônio foi indiciado por corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

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